A impressão de embalagens é o principal fator na cadeia de suprimentos de qualquer produto que vai...
Flexografia x digital: Qual a melhor opção no mercado para imprimir embalagens de qualidade
O processo de impressão em flexografia é um dos métodos frequentemente usados por muitas fabricantes para estampar embalagens. No entanto, esse é apenas um dos métodos disponíveis para criar produtos de qualidade. Existem muitos outros processos de impressão que as empresas podem escolher para obter embalagens de qualidade. Isso deve ser uma preocupação constante, pois trata-se de um diferencial de mercado em relação aos concorrentes.
Entre as diversas maneiras de impressão de embalagem, o principal concorrente da impressão em flexografia é o método digital.
Por causa disso, muitos consumidores do mercado de embalagens ficam em dúvida ao escolher o melhor método de fabricação de seus produtos. Para ajudar você a conhecer as principais diferenças entre esses dois modelos, leia este texto.
O que é a impressão em flexografia?
Para facilitar a compreensão, o processo de flexografia é muito parecido com o de um carimbo, mas ao invés da necessidade de molhar a parte emborrachada em um almofada de tinta, a imagem a ser impressa é colocada em uma chapa rotativa.
Essa chapa com o molde do desenho recebe tinta e é conhecida como clichê. A tinta é transferida para o clichê através de um cilindro que possui diversas cavidades que se preenchem de tinta a cada rotação. Isso permite a transferência do desenho para o substrato.
Durante o processo de impressão de embalagens plásticas para alimentos, a chapa com o molde é pressionada na superfície fazendo com que a imagem seja fixada no material.
O que faz uma impressora flexográfica na impressão de embalagens?
O sistema de flexografia em embalagens pode ser feita com tintas retiradas de diversas bases, entre elas estão as seguintes:
- Solventes;
- A base de água;
- Curáveis por ultravioleta;
- Feixe de elétrons.
Cada uma dessas tintas requer um tipo diferente de acessório para auxiliar no processo de secagem, os utilizados são:
- Estufas finas e pré-secagem;
- Estação de cura com lâmpadas ultravioleta;
- Unidades e cura por irradiação de elétrons.
Com a impressão em flexografia, podem ser confeccionados produtos em diversos materiais, como plástico, papel, folha de alumínio e cartão. Isso é possível porque a flexografia foi desenvolvida para lidar com esse tipo de trabalho.
A possibilidade de variar o substrato para a criação de embalagens diversas.
Um exemplo são os produtos que usam substratos de plástico para criar embalagens flexíveis, algo que no mercado brasileiro está em alta.
Houve aumento de 2,5% no consumo de embalagens plásticas flexíveis no Brasil no ano de 2023, número maior do que o ano anterior. Isso é o que apontam os dados do estudo solicitados pela Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis.
O estudo também mostra que o consumo per capita de embalagens feitas com substrato de plástico flexível aumentou no ano passado, atingindo a marca de 10,6% por habitante.
Considerando isso, pode ser interessante migrar para o modelo de material flexível para confecção das embalagens do seu produto.
Quais são as partes da impressora de flexografia?
Cilindro de anilox
O cilindro com micro-furos que captam a tinta e fazem a transferência para outra parte chamada de clichê.
Clichê
Uma das partes mais importantes de uma impressora flexográfica, pois é onde contém o molde do desenho que será impresso na embalagem.
Rolos
Onde a placa de clichê é fixada para transferir a arte da impressão para o material da embalagem.
Além dessas três partes fundamentais, esse modelo de impressora necessita de outros acessórios, sendo os principais: o viscosímetro automático e o sistema de inteligente de visualização por câmera de vídeo.
Esses dois itens extras são responsáveis por ajudar no acerto de cores para os padrões esperados durante a produção da embalagem, principalmente em ajustes no produto final, manutenção da propriedade das tintas e secagem do produto quando ainda fresco.
O que é a impressão digital?
Como o próprio nome indica, esse tipo de produção de embalagens utiliza o meio digital para enviar informações à impressora, que as reproduz no papel.
Dessa forma, não se faz necessário utilizar um processo mecânico como a impressão em flexografia que conta com diversas partes que precisam estar funcionando adequadamente para que haja a impressão.
Como neste método existem menos intermédios para fazer a mistura dos pigmentos das tintas, fica mais fácil obter tons mais complexos.
Como funciona a impressão digital
A impressão digital acontece por meio da transferência de informação da máquina para o material através de bits, que é a menor unidade de informação que pode ser armazenada e transmitida digitalmente.
Considerando que, antes da embalagem ser impressa no substrato, é necessário criar o modelo no computador — o que, no caso da impressão digital, seria o equivalente ao clichê na flexografia — é possível ter mais liberdade criativa em termos de desenhos, fontes e cores.
Por causa das variações de personalização da impressora digital é possível criar embalagens para linhas diferentes de produtos com qualidade e alta velocidade.
No mercado de alimentos, é comum que a mesma marca disponibilize produtos semelhantes nas prateleiras, mas com embalagens diferentes para informar mudanças no sabor ou na textura.
Basta observar as prateleiras de qualquer mercado para perceber que o consumidor pode contar com várias opções de embalagens para o mesmo produto. Sendo assim, a sua marca precisa de uma embalagem impressa com qualidade.
Com a flexografia, é possível produzir embalagens usando impressão em qualquer matéria-prima, incluindo substratos sustentáveis que vêm ganhando espaço no mercado consumidor.
O estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) mostra que a indústria consumidora de embalagens tem avançado na preferência pelo uso de material sustentável.
Os dados, que abrangem o período desde 2021, revelam que a participação dos plásticos no valor bruto da produção da indústria recuou de 36,2% para 33,2%.
Esse dado revela que têm ocorrido mudanças na impressão de embalagens plásticas para alimentos, especialmente no tipo de material usado por esse mercado. Isso está muito relacionado à preocupação dos consumidores com o destino desses produtos quando se tornam detritos e são descartados.
O mercado de embalagens está tendendo a se adaptar a demandas sustentáveis para agradar a pessoas cada vez mais exigentes quanto a demandas ambientais.
Considerando isso, a impressão de embalagens em substratos que causam danos reduzidos ao meio ambiente e passam por um processo facilitado de decomposição torna-se um excelente diferencial de mercado.
A resposta definitiva: Impressão digital ou flexografia, qual escolher?
Por serem dois métodos eficientes, é comum haver dúvidas sobre qual é o melhor, especialmente quando o objetivo é obter embalagens de alta qualidade.
Se tratando de impressão em embalagens plásticas para alimentos, o método de flexografia tem maior dificuldade de reproduzir detalhes complexos, desfavorecendo a qualidade do produto final.
Essa limitação impede que os projetos mais complexos sejam realizados, resultando em um produto sensivelmente diferente do esperado pelo cliente.
Projetos que exigem embalagens com detalhes estéticos complexos ou a impressão de informações com fontes muito pequenas podem não ser viabilizados por esse modelo de produção.
As cores também tendem a ter mais chance de variação entre expectativa e realidade do que é proposto no planejamento da identidade visual da embalagem.
Falando de cores, o leque de tons é menor do que no processo de impressão digital, pois a tinta precisa ser misturada, dependendo da base, dificultando alcançar novos tons.
Esse problema pode levar à impressão de embalagens com características inadequadas, que acabam sendo descartadas, gerando desperdício de material e tempo.
Sem falar da quantidade de processos manuais realizados, com rolos e clichês que podem precisar de manutenção ao longo do tempo.
Enquanto o processo digital não limita a criatividade, pois tem facilidade de reproduzir o que está na tela do computador mantendo a qualidade da impressão e reproduzindo diversos layouts.
Com esse tipo de impressão, é possível personalizar não apenas a embalagem, mas também os rótulos e outras pequenas partes, incorporando detalhes que reforçam a identidade visual da sua empresa.
Essa forma de impressão permite que você tire do papel o projeto visual da embalagem do seu produto e reproduza exatamente como está na tela do computador, bastando fazer a transferência de dados.
O que faz uma impressora digital?
A impressora digital permite agilizar o processo de produção de embalagens, pois quem utiliza esse método não está apenas colocando o produto na prateleira, mas também competindo com concorrentes e realizando testes de cores, fontes e informações, entre outras situações.
Por isso, é necessário que o processo de produção das embalagens seja ágil e sem restrição de quantidade de pedidos.
A impressão digital permite obter a flexibilidade necessária para criar embalagens conforme o desejo, na quantidade e modelo certos para atender às expectativas do seu negócio nos principais pontos de venda.
Considerando que muitas empresas têm pressa em obter embalagens de qualidade, um atraso na entrega pode dificultar o posicionamento da empresa no mercado.
Com o método digital de impressão de embalagens, o processo de produção é realizado rapidamente, reduzindo o tempo de entrega e, consequentemente, a presença no ponto de venda. Utilizar equipamentos de impressão digital permite criar um processo de fabricação de embalagens consistente em todas as entregas, fazendo com que sua marca seja reconhecida não apenas pelo conteúdo, mas também pela qualidade e uniformidade da embalagem.
Usando a impressora digital, é possível otimizar a experiência de impressão e economizar tempo com ferramentas avançadas.
Um dos principais benefícios é a capacidade de alcançar resultados expressivos na impressão de embalagens em um curto período.
Esse modelo possibilita criar embalagens inteligentes com elementos de proteção de marca, variação de dados e design exclusivos, facilitando a fabricação de embalagens com acessórios como zíper, abre fácil, entre outras.
O processo de produção de embalagens deve ser sustentável, e o uso de impressoras digitais para criar esses produtos torna isso possível.
Existem hoje no mercado impressoras que atendem as demandas com neutralidade de CO2, além de atender aos mais rígidos padrões do setor em questão de soluções E2E, sigla que significa que existe o acompanhamento de todo o processo.
Devido à facilidade de criação de produtos com esse tipo de impressora, é possível usar matéria-prima feita de materiais sustentáveis, o que é muito bem-vindo para empresas que desejam alterar a forma de produzir seus itens e adotar materiais com fácil decomposição.
O mercado de embalagens tem passado por mudanças inevitáveis. A preferência dos clientes por produtos recicláveis ou que oferecem maior vida útil deixou de ser uma tendência e tornou-se uma necessidade para todo o setor.
Entre os diversos mercados, o de embalagens é um dos principais fornecedores para toda a cadeia produtiva.
Por isso, as empresas desse setor precisam oferecer alternativas ambientalmente conscientes para seus consumidores, enquanto a impressão de embalagens deve garantir qualidade para ser realizada em qualquer substrato.
Mesmo que a impressão feita em flexografia ainda esteja presente no mercado como um método viável, o digital é o que atende as demandas de qualidade, agilidade e personalização que a indústria e os consumidores necessitam.
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